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Recomendações sobre o manejo de animais de companhia clinicamente suspeitos ou expostos à infecção p

Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde OFÍCIO CIRCULAR Nº 194/2022/SVS/MS

  1. DA DEMANDA 1.1. A monkeypox (MPX) é uma doença infecciosa causada pelo Monkeypox vírus (MPXV) da família Poxviridae e do gênero Orthopoxvirus, um vírus envelopado de genoma DNA. Ocorre de forma endêmica em áreas de florestas tropicais do centro e do oeste do continente africano, onde é mantida no ambiente natural pela circulação do vírus em roedores silvestres, que incluem algumas espécies de ratos e esquilos, causando ocasionalmente eventos de spillover, quando pode acometer outras espécies, como primatas e pequenos mamíferos, além do ser humano. 1.2. A MPX ou varíola dos macacos recebeu essa denominação porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos mantidas para pesquisa na Dinamarca em 1958. Só mais tarde foi detectada em humanos em alguns países da África em 1970, sendo o macaco um hospedeiro acidental, assim como o homem, que pode se infectar durante atividades de caça e manipulação de reservatórios selvagens infectados no ambiente natural. 1.3. Até recentemente, a doença só havia sido introduzida esporadicamente em regiões fora da África. Em maio de 2022, o MPXV se disseminou na população humana por vários países e foi considerado como Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (ESPII), e atualmente a principal forma de transmissão da doença é de humano para humano. 1.4. A infecção já foi reportada em animais fora das áreas endêmicas conhecidas, entretanto ainda não se conhece a susceptibilidade de várias espécies animais ao vírus. 1.5. Quanto à via de transmissão, há evidências que o MPXV pode ser transmitido diretamente por contato cutâneo ou mucoso com lesões de um indivíduo infectado, como já foi demonstrado para muitos outros poxvírus, seja animal ou humano. A transmissão indireta do MPXV também é possível a partir de ambientes e objetos contaminados. Os poxvírus que estão presentes em crostas são particularmente mais resistentes se tornando uma importante fonte de contaminação ambiental por um longo tempo. Outras supostas vias de transmissão incluem mordida e via respiratória por contato próximo e prolongado com gotículas e saliva. 1.6. Em relação à ocorrência de MPX em outras espécies de animais fora do seu ciclo natural, há um relato ocorrido nos Estados Unidos em 2003, no qual animais da família Sciuridae, cães-dapradaria (roedores), tidos como animais de estimação, foram infectados por ratos gambianos importados de Gana e apresentaram sinais clínicos. Mais recentemente, no surto atual, na França, há uma publicação sobre um cão que apresentou sinais clínicos de MPX doze dias após o aparecimento das lesões em seus tutores e a partir de amostras coletadas foi detectado DNA de MPXV. No Brasil, em agosto de 2022, o Ministério da Saúde recebeu a notificação de um cão com lesões sugestivas de MPX, com resultado detectável para MPXV, mantendo-se em investigação para verificação da infecção. 1.7. Diante da possibilidade da ocorrência de MPX em outras espécies animais e o desconhecimento da importância epidemiológica deles na cadeia de transmissão do vírus, a Coordenação-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial (CGZV), em parceria com o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE Monkeypox), publica este documento que propõe recomendações de manejo de animais de companhia, visando evitar a transmissão do MPXV de uma pessoa doente para seu animal de estimação, ou qualquer outro animal que tenha contato.

Leia a nota técnica na íntegra:

Fonte: Ministério da Saúde

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