Série: Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária | Anvisa
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a resistência microbiana é um grave problema de saúde pública e está associada ao aumento do tempo de internação, dos custos de tratamento e das taxas de morbimortalidade dos pacientes (1,2). Sendo que, o uso dos antimicrobianos na comunidade e no ambiente hospitalar associado a práticas inadequadas de controle de infecção, são reconhecidamente fatores de risco para seleção e disseminação da resistência microbiana. Quando analisamos os dados da literatura sobre o impacto socioeconômico da resistência microbiana, podemos constatar que a situação é alarmante. Estima-se que anualmente nos Estados Unidos (EUA) e na Europa (EU) 25 mil pessoas morrem por ano devido a infecções causadas por microrganismos multirresistentes enquanto que na China este número pode chegar a 100 mil (2,3). Além da mortalidade, o impacto do custo para o sistema de saúde associado com a redução da capacidade produtiva pode chegar a 1,5 bilhões de euros por ano no mundo. Segundo a OMS, se a situação não mudar, a resistência microbiana aos antimicrobianos podem causar 10 milhões de mortes a cada ano até 2050 e danos catastróficos à economia, bem como, estima-se que até 2030 cerca de 24 milhões de pessoas poderiam ser forçadas à pobreza extrema (2,140). Embora a transmissão de microrganismos multirresistentes (MDR) seja reportada com maior frequência em unidades críticas, de cuidados intensivos, todos os serviços de saúde são afetados pela seleção e disseminação de MDR (4,5). A gravidade e a extensão das infecções causadas por esses patógenos variam de acordo com as populações afetadas e com as características dos serviços de saúde, que por sua vez, podem possuir desde unidades ambulatoriais e de cuidados prolongados/crônicos até unidades especiais como unidades de terapia intensiva (UTI), unidades de queimados, etc. (6,7). Por essa razão, as ações de prevenção e controle desses patógenos precisam ser adaptadas individualmente às necessidades específicas de cada população e instituição (4,8).
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(Fonte: Anvisa)
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