NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 05/2021
Introdução Com milhões de casos em todo o mundo, a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) representa uma emergência em saúde pública, com impacto imediato e devastador no sistema de saúde e na sociedade como um todo. Entre as consequências da pandemia da COVID-19 a longo prazo, existe uma grande preocupação com o aumento global da resistência microbiana (RM) aos antimicrobianos1. A resistência microbiana é um grave problema de saúde pública e está associada ao aumento do tempo de internação, dos custos de tratamento e das taxas de morbimortalidade dos pacientes1. Estima-se que as infecções causadas por patógenos resistentes aos antimicrobianos causem 700.000 mortes a cada ano em todo o mundo. A RM leva a maior gravidade dos quadros clínicos e da assistência requerida, levando ao aumento da mortalidade de pacientes com COVID-192. O uso indiscriminado de antimicrobianos na comunidade e no ambiente de assistência à saúde, associado às práticas inadequadas de controle de infecção, são reconhecidamente fatores de risco para seleção e disseminação da RM3. Desta forma, a pandemia da COVID-19 criou condições que favorecem a disseminação de microrganismos resistentes aos antimicrobianos nos serviços de saúde: aumento no número e no tempo de hospitalização dos pacientes com COVID-19; pacientes graves com uso prolongado de dispositivos invasivos e assistência intensiva; redução do número de profissionais de saúde e aumento da carga de trabalho; dificuldades para implementação de medidas de prevenção e controle de infecções (falta de recursos humanos, escassez e uso inadequado de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, etc.); utilização excessiva e empírica de antimicrobianos de amplo espectro, em larga escala, para tratamento de infecções secundárias, fúngicas ou bacterianas.
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(Fonte: Anvisa)
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