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Orientações para identificação, prevenção e controle de infecções por Candida auris em serviços de s

NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 11/2020

Introdução Candida auris é um fungo emergente que representa uma grave ameaça à saúde global, pois pode causar infecções invasivas, que são associadas à alta mortalidade, pode ser multirressistente e levar à ocorrência de surtos nos serviços de saúde. Estudos apontam a produção pela C. auris de biofilmes tolerantes a antifúngicos, conferindo resistência aos medicamentos comumente utilizados para tratar infecções por Candida. Embora o perfil de resistência a antifúngicos possa ser variável, a maioria das infecções por C. auris pode ser tratada, em primeira linha, com equinocandinas, como opção secundária às anfotericinas. Ainda que seja incomum, há um número crescente de relatos de multiresistência às três principais classes de antifúngicos (azóis, equinocandinas e polienos), tornando as opções de tratamento muito limitadas. Nessa situação, várias classes e altas doses de antifúngicos podem ser necessárias para tratar a infecção. Auris é a palavra latina para ouvido mas, apesar do nome, a C. auris também pode afetar muitas outras regiões do corpo, além de causar infecções invasivas, como as de corrente sanguínea. Ela já foi isolada de feridas, amostras respiratórias e de urina, na maioria dos casos, apenas como colonizante. É importante destacar que as infecções invasivas por qualquer espécie de Candida podem ser fatais. Com base em relatos com número limitado de pacientes, 30% a 60% dos pacientes com infecções de corrente sanguínea por C. auris evoluiram para o óbito. No entanto, muitos desses pacientes tinham doenças de base graves que, também, contribuiram para aumentar o risco de morte. A transmissibilidade e o alto nível de resistência aos antífungicos são características que diferenciam C. auris de outras espécies de Candida9. O modo preciso de transmissão dentro do ambiente de saúde ainda não é conhecido. Evidências iniciais sugerem que o ambiente pode ser o principal reservatório da C. auris, levando a sua disseminação por meio de superfícies e equipamentos contaminados, incluindo os de assistência ao paciente (tais como: estetoscópios, termômetro, esfigmomanômetro etc.), ou, ainda, por contato direto com os pacientes. A persistência e a propagação do fungo, apesar de todas as medidas de prevenção de infecção, indicam uma resiliência às condições ambientais e persistência no ambiente, alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente próximo a ele. Pacientes podem permanecer colonizados assintomáticos por até 3 meses.

Leia a nota técnica na íntegra:

(Fonte: Anvisa)

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