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Nova variante e situação epidemiológica da covid-19 no Brasil e orientações para a vigilância genômi

Informe sobre a nova variante de interesse EG.5 e variante sob monitoramento BA.2.86 do SARS-COV-2, situação epidemiológica da covid-19 no Brasil e orientações para a vigilância genômica. NOTA TÉCNICA Nº 51/2023-CGVDI/DPNI/SVSA/MS

NOVA SUBVARIANTE VOI EG.5

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 9 de agosto de 2023, emitiu comunicado sobre a nova variante EG.5, frente ao aumento de sua prevalência ao redor do mundo. Trata-se de nova subvariante do SARS-COV-2 cepa Ômicron, denominada EG.5, relatada pela primeira vez em 17 de fevereiro de 2023. A variante EG.5 é uma linhagem descendente da XBB.1.9.2, foi classificada como de baixo risco, por não apresentar mudanças no padrão de gravidade da doença, sendo designada como variante sob monitoramento (do inglês variant under monitoring – VUM) no dia 19 de julho de 2023. Todavia, em 09 de agosto, em nova avaliação de risco, a OMS classificou a EG.5 e suas sub-linhagens como uma variante de interesse (do inglês variant of interest – VOI). A OMS observou um aumento na proporção da variante EG.5 reportada ao redor do mundo, passando de 7,6% de prevalência na semana epidemiológica 25 (19 a 25/06/23) para 17,4% na semana epidemiológica 29 (17 a 23/07/23). A EG.5 já foi identificada em 51 países, possui mutações que conferem maior capacidade de transmissão e de escape imunológico, tornando esta nova VOI capaz de aumentar o número de casos mundialmente e se tornar a cepa predominante, substituindo a XBB.1.16, atualmente predominante na maior parte dos países. De acordo com a OMS, até o momento, o risco de saúde pública da EG.5 é baixo em nível global, e corresponde ao risco apresentado por outras VOIs como a XBB1.16. Isto é devido ao fato de que, apesar do considerável aumento da prevalência da EG.5 ao redor do mundo, e por esta nova variante apresentar características de crescimento acelerado e propriedades de escape imunológico, não há evidências significativas, até o momento, de aumento de gravidade da covid-19 por esta variante em comparação com outras linhagens Ômicron. No entanto, existe a possibilidade de que possa haver um efeito crescente no número de casos de covid-19 a partir da introdução desta nova VOI. A linhagem XBB é uma recombinante, sendo resultado de uma recombinação entre as linhagens Ômicron BA.2.10.1 e BA.2.75. Foi relatada pela primeira vez em 13 de agosto de 2022. A sublinhagem EG.5 é uma das descendentes da linhagem XBB.1.9.2, originária da XBB.1. A imprensa tem informalmente designado a EG.5 como Eris, embora a OMS não tenha a denominado dessa forma. No Brasil, analisando-se os dados do GSAID, consta um (1) registro da subvariante EG.5, realizada por um laboratório privado do estado de São Paulo. Até a publicação desta nota técnica, o caso segue em investigação pela equipe de vigilância estadual e municipal. NOVA SUBVARIANTE VUM BA.2.86 Além disso, em 17 de agosto de 2023, a OMS atualizou a lista de VUM, em que consta a inserção da variante BA.2.86 nesta listagem, informando que, apesar de apenas três sequências disponibilizadas, esta apresenta maior número de mutações identificadas. Até a data nota, a OMS não disponibilizou uma análise de risco acerca dessa variante BA.2.86. A imprensa internacional divulgou, em 18 de agosto de 2023, que há cinco (5) sequências identificadas desta variante BA.2.86 no mundo, sendo dois na Dinamarca e um em Israel, Estados Unidos da América e Reino Unido. Chama a atenção a identificação de mais de 30 mutações na proteína spike (S).

Leia a Nota Técnica completa:

Fonte: Ministério da Saúde

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