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Manual de recomendações para o diagnóstico laboratorial de tuberculose e micobactérias não tuberculo

O Ministério da Saúde lança o Manual com recomendações para o diagnóstico laboratorial de tuberculose e micobactérias não tuberculosas de interesse em saúde pública no Brasil.

APRESENTAÇÃO DO MANUAL A melhor maneira de prevenir a disseminação da tuberculose (TB) em qualquer comunidade é identificar aquelas pessoas que estão excretando o bacilo da TB e torná-las não infecciosas para os outros. Esse princípio se aplica tanto aos países em desenvolvimento, onde a doença constitui um importante problema de saúde pública, como aos países desenvolvidos, onde a incidência de TB (sensível ou resistente aos fármacos) vem declinando, mas em ritmo menor do que o esperado no início da era da quimioterapia. O laboratório sempre foi um componente de suma importância para a vigilância epidemiológica mundial. No caso específico da TB, o laboratório é ferramenta essencial em diagnóstico e de outras doenças micobacterianas, atuando na detecção das pessoas que estão mais infecciosas e naquelas em que a doença ainda não está avançada, no monitoramento do tratamento e no fornecimento de dados epidemiológicos às autoridades sanitárias. Com o lançamento, em 2015, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) da Estratégia Fim da Tuberculose, até 2035, torna-se fundamental o diagnóstico precoce e o tratamento imediato de pessoas de todas as idades com qualquer forma de TB (sensível ou resistente aos fármacos). Novas metodologias foram desenvolvidas com o intuito de detectar, de forma rápida, os milhares de casos de TB no mundo, uma vez que a OMS estima um número de casos esperados. Porém, os diagnósticos efetuados nos países não alcançam essa estimativa. O diagnóstico de infecções micobacterianas permaneceu praticamente inalterado por várias décadas e, provavelmente, não teria progredido se não fosse o ressurgimento inesperado da TB nos últimos 20 anos do século XX. A microscopia não mostrava grandes margens para melhoria, de modo que as áreas que mais se beneficiaram de um interesse renovado em TB foram a cultura e a identificação, enquanto uma abordagem completamente nova focava na detecção direta de ácidos nucleicos das micobactérias em amostras clínicas. A maioria das tecnologias inovadoras desenvolvidas para abordar esse problema é baseada em biologia molecular, que foi desenhada para aumentar a sensibilidade e a rapidez na descoberta de casos. Essas tecnologias, como o Teste Rápido Molecular para Tuberculose, que foi aprovado em 2010 pela OMS e incorporado ao SUS em 2013, não estavam descritas no Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da Tuberculose, publicado em 2008. No Brasil, a rede de laboratórios que faz o diagnóstico da TB é composta por uma variedade de atores institucionais, sendo os laboratórios de âmbito federal, estadual, municipal, universitários, privados e de organizações não governamentais responsáveis pela tarefa, entre outras, de realizar o diagnóstico da TB. Devido a essa diversidade de categorias de laboratórios, o País necessita estabelecer uma normativa sobre os métodos a serem utilizados, os sistemas de garantia de qualidade e os sistemas de informação. Essa meta só é alcançada com um manual de abrangência nacional, que permita sua adoção por todos. Essa tarefa, felizmente, já foi realizada pelo Manual de 2008, tendo sido elaborado de forma meticulosa, com enorme aprovação da Rede de Laboratórios do País e utilizado como referência por todos. Além disso, foi amplamente divulgado por via impressa e, posteriormente, via digital. O presente Manual é uma versão atualizada do Manual de 2008. Ao atualizarmos ele, procurou-se manter sua estrutura e muito do conteúdo original permaneceu inalterado, por exemplo, as metodologias clássicas, nas quais foram inseridas apenas algumas modificações baseadas em publicações recentes das recomendações da OMS/OPS.

Faça o download do manual completo (494 páginas):

(Fonte: Ministério da Saúde)

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