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Manual de orientações quanto à competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de en

SEGURANÇA DO PACIENTE

O conteúdo deste manual foi elaborado com base na literatura atualizada e reflete as melhores práticas recomendadas, em nível nacional e/ou internacional.

Ele é destinado aos enfermeiros que atuam em todos os níveis de atenção à saúde incluindo, também, estudantes e demais membros da equipe. Além disso, é uma ferramenta valiosa para gestores de enfermagem, pois oferece uma visão geral das questões de segurança do paciente, que devem ser abordadas em qualquer organização de saúde.

Há muitos anos, o mundo já havia despertado para as inseguranças dos processos assistenciais nos serviços de saúde e para a necessidade de se adotarem medidas de prevenção, monitoramento e contingenciamento. Hipócrates (460 a 370 a.C.), pai da medicina ocidental, disse que poderia haver erros e a ele é atribuído o aforisma Primum Non Nocere, ou seja, primeiro não causar dano, chamando a atenção para que a assistência ao paciente não deveria gerar consequências negativas às pessoas doentes. Florence Nightingale já dizia, em 1859, que “talvez seja estranho enunciar como primeiro dever de um hospital não causar mal ao paciente”. Florence evidenciou que práticas de higiene e padrões de cuidados eram capazes de reduzir a mortalidade entre os sobreviventes de guerras (BUENO, 2018; WATCHER, 2010; PEREIRA, 2009). A ideia de que eventos indesejáveis ocorriam dentro dos serviços destinados à recuperação e promoção da saúde era antes inconcebível e comumente relacionada aos maus profissionais, profissionais que não foram treinados ou mesmo criminosos. Aos poucos, os estudos apontaram que incidentes podem acontecer, decorrentes de atos intencionais ou não intencionais, com dano ou não ao paciente, em qualquer instituição (BUENO, 2018). Os incidentes ocorrem por falhas nos processos de trabalho (sistema) ou em atos inseguros praticados pelos profissionais que estão em contato com esse sistema. São fatores associados ao profissional: a fadiga, o stress, a fome, a falta de atenção ou a capacidade de memória limitada, por exemplo, ao passo que as falhas decorrentes do sistema estão relacionadas à disponibilidade e clareza de protocolos; à adequação de equipamentos e insumos e, principalmente, à cultura organizacional, dentre outros (MENDES, 2007). Aos poucos, a cultura de culpabilidade foi sendo substituída pelas oportunidades de melhoria nos processos de trabalho, fundamentada no modelo do queijo suíço de James Reason (2000, apud NASCIMENTO; DRAGANOV, 2015). A partir da tríade “gestão de estrutura, processo e resultado” de Donabedian (1994), a segurança do paciente passou a ser vista como resultado de um processo de trabalho de qualidade.

Leia o conteúdo completo:

Fonte: Coren-MG

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