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Higienização das mãos em pronto atendimento: estudo transversal sobre adesão e comportamento da equi

Revista Prevenção de Infecção e Saúde The Official Journal of the Human Exposome and Infectious Diseases Network DOI: https://doi.org/10.26694/repis.v8i1.3900 Por: André Luiz Silva Alvim, Cristiane Araújo, Claudilene Fernandes da Silva, Camila Ribeiro Araújo, Yuri Neves Arantes Paulino, Herica Silva Dutra, Luciane Ribeiro de Faria, Odinéa Maria Amorim Batista.

INTRODUÇÃO Higienização das mãos (HM) é uma das medidas essenciais para a prevenção e controle das Infecções Relacionadas à Assistência da Saúde (IRAS), além de ser uma das metas internacionais para Segurança do Paciente. Essa temática vem sendo discutida amplamente a partir do lançamento da aliança mundial para a prevenção de infecções e está contemplada nas ações de saúde e bem-estar dos desafios apresentados na agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS). Nos diversos níveis de atenção à saúde, essa prática contribui para a redução da transmissão de microrganismos entre profissionais, pacientes, acompanhantes e visitantes. Embora seja uma ação simples, com eficácia comprovada mundialmente, a adesão pela equipe multidisciplinar está aquém do ideal, especialmente no que se refere à execução da técnica correta. Diversas iniciativas têm sido desenvolvidas por órgãos nacionais e internacionais, com vistas a aumentar a adesão à HM nos serviços de saúde. Em 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o ano internacional dos profissionais e cuidadores, utilizando o slogan “Segundos salvam vidas. Higienize suas mãos!”. Essa iniciativa propôs a redução da ocorrência de IRAS por meio de ações relacionadas à melhoria da higiene das mãos em todos os níveis de assistência à saúde. Neste contexto, a OMS propõe a Estratégia Multimodal para melhoria da HM, visando à conscientização dos profissionais de saúde sobre a importância desta prática. Essa estratégia é composta por cinco componentes cruciais: treinamento para a equipe, lembretes no ambiente laboral, monitoramento e avaliação do desempenho, cultura institucional de segurança e a mudança do sistema. Desse modo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estimula a implantação nacional da estratégia multimodal para melhoria da HM, considerando os avanços significativos na adesão da equipe ao procedimento. Entre os diversos setores assistenciais sugeridos para implementação do programa, destaca-se o pronto atendimento. O local é destinado ao atendimento de urgências e emergências, que possui elevado fluxo de pacientes e diversos procedimentos invasivos, sendo necessário garantir condições adequadas para realização das práticas de HM. Estudo mostrou que os profissionais de saúde atuantes no pronto atendimento realizaram a HM em poucas oportunidades de contato com o paciente e/ou áreas próximas, observando-se 90 ações concretizadas no total de 166 oportunidades avaliadas. Nesse caso, a média global foi de 54,2%, obtendo maior frequência entre a equipe de enfermagem (66,6%) e menor adesão pelos médicos residentes (41,3%). Embora a lotação excessiva de pacientes seja o principal desafio de um pronto atendimento, principalmente, em períodos sazonais, a prática de HM deve ser considerada imprescindível para tornar o cuidado seguro e livre de danos. Acrescenta-se que diversas pesquisas conduzidas neste setor ainda não apresentam dados relacionados ao comportamento da equipe e não descrevem sobre o consumo de preparação alcoólica e sabonete líquido, onde apenas a adesão é avaliada por meio dos cinco momentos recomendados pela OMS. Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo verificar a adesão e comportamento dos profissionais de saúde em relação às práticas de higienização das mãos no pronto atendimento. MÉTODO Estudo transversal, descritivo, de natureza quantitativa realizado no pronto atendimento de um hospital privado de Belo Horizonte, MG, Brasil. A construção das etapas metodológicas desta pesquisa foi norteada pelo Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). A instituição possui corpo clínico aberto, com destaque para as especialidades de cardiologia, cirurgia geral, ortopedia e neurocirurgia.

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