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Guia de manejo de infecções relacionadas a desastres climáticos

A SOCIEDADE DE INFECTOLOGIA E “A GRANDE ENCHENTE”

O Rio Grande do Sul, vive, neste momento, a mais grave catástrofe climática de sua história, uma triste enchente sem precedentes. Até as 12h do dia 15 de maio de 2024, a Defesa Civil do Estado contabilizava 449 municípios afetados, com 2.131.968 pessoas impactadas. Foram resgatados 76.588 indivíduos e 11.427 animais. Estima-se que 76.580 pessoas estejam vivendo em abrigos e que 538.245 estejam desalojadas. Há registro de 806 feridos, 108 desaparecidos e 149 óbitos confirmados. Dada a magnitude do problema e considerando que as águas dos rios e lagos continuam elevadas, estes números provavelmente estão subestimados. Grandes são as preocupações com a saúde da população exposta à água contaminada,

sobretudo no que tange às doenças infecciosas.


A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) percebeu a relevância da crise e colocou-se à disposição para auxiliar. Em 4 de maio de 2024, foi criada uma força-tarefa para a elaboração de documentos técnicos que pudessem nortear políticas públicas, em um contexto em que o sistema de saúde gaúcho estava sobrecarregado de demandas.

Havia uma nítida carência de diretrizes técnicas, e muitas eram as doenças que potencialmente poderiam acometer a população gaúcha, sobretudo aquela mais exposta a risco: os socorristas e as pessoas resgatadas. Sob a incansável liderança da profa. Lessandra Michelin Rodriguez Lins, da Universidade de Caxias do Sul, foi criado um grupo de discussões que envolvia, além de membros da SBI, colegas da Sociedade Gaúcha de Infectologia (SGI) e de sociedades parceiras, como a Sociedade Brasileira de Imunizações.

Esta task force, como assim fora designada, logo dividiu-se em subgrupos, visando organizar os trabalhos em diferentes frentes, discutindo estratégias relativas à leptospirose, vacinas, medidas de controle de infecção e infecção pelo HIV. O grupo trabalhou exaustivamente na elaboração de notas técnicas, e este guia é um dos produtos deste trabalho colaborativo.

Esperamos que o material aqui contido sirva de auxílio aos heróicos profissionais da saúde que têm atuado na linha de frente nesta terrível catástrofe. Que se torne uma ferramenta disponível e atualizada para as próximas crises que venham assolar este país continental. E que possamos logo reconstruir este Estado que tanto amamos.


 

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Fonte: Universidade de Caxias do Sul

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