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Febre Maculosa: aspectos epidemiológicos, clínicos e ambientais

Doenças transmitidas por carrapatos

Carrapatos são artrópodes da classe Arachnida altamente adaptados ao ectoparasitismo, tendo como hospedeiros diversas espécies de anfíbios, répteis, aves e mamíferos. São conhecidas cerca de 900 espécies no mundo divididas em três famílias: Ixodidae, Argasidae e Nuttallielidae (GUGLIELMONE et al., 2010). Já no Brasil são descritas cerca de 70 espécies, divididas nas famílias Argasidae e Ixodidae (DANTAS-TORRES et al., 2019; NAVA et al., 2014b; KRAWCZAK et al., 2015; LABRUNA et al., 2016; MUÑOZ-LEAL et al., 2017). Carrapatos possuem peças bucais especializadas para a perfuração e a penetração da pele e uma saliva constituída de inúmeras substâncias que modulam a resposta imunológica do hospedeiro e facilitam a hematofagia, permitindo que o carrapato permaneça fixado ao hospedeiro durante longos períodos (BROSSARD; WICKEL, 2004; SIMO et al., 2017). Tais características fazem dos carrapatos um grupo importante de vetores de enfermidades infecciosas, tanto para humanos quanto para animais, transmitindo diversos patógenos, incluindo bactérias, protozoários e vírus.

Muitas enfermidades transmitidas por carrapatos têm carater zoonótico, sendo o humano um hospedeiro acidental, não essencial para a manutenção da circulação desses agentes patogênicos, os quais se mantêm na natureza em ciclos que envolvem animais vertebrados e os carrapatos vetores. A epidemiologia dessas enfermidades, portanto, é definida pela distribuição geográfica e atividade sazonal, tanto dos carrapatos vetores quanto dos hospedeiros vertebrados, bem como pelos comportamentos humanos que aumentam o risco de contato com carrapatos infectados. Além da transmissão de agentes infecciosos, o parasitismo por si só pode causar efeitos deletérios aos humanos induzindo toxicoses e alergias.

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Fonte: Ministério da Saúde

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