Diretriz do Sistema Nacional de Vigilância e Monitoramento de Surtos Infecciosos em Serviços de Saúde
- Ameci
- 19 de fev.
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A assistência em saúde é um processo complexo que não está livre de riscos e possíveis eventos adversos.

Destes, as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são as mais comuns e afetam milhões de pacientes no mundo a cada ano, especialmente em unidades de internação de maior complexidade.
Nessas unidades, os pacientes gravemente enfermos são, constantemente, submetidos a procedimentos invasivos que, por sua vez, os expõem a diversos riscos (Khammarnia et al., 2021, OMS, 2022).
As IRAS são consideradas um grave problema de saúde pública em todo o mundo, por apresentarem altas morbidade e mortalidade, repercutindo diretamente na segurança do paciente e, consequentemente, na qualidade dos serviços de saúde.
Podemos afirmar que os surtos infecciosos ou potencialmente infecciosos agravam ainda mais problema (OMS, 2016).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), coordenadora do Programa Nacional de Prevenção e Controle de IRAS (PNPCIRAS), por meio da Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde (GVIMS) que compõe Gerência de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES), estabeleceu, entre 2006 e 2008, o sistema de vigilância epidemiológica das IRAS.
Porém, as ações da Agência para vigilância, monitoramento e controle de surtos infecciosos em serviços de saúde remontam a 2004, quando a GVIMS/GGTES criou a Rede Nacional para Investigação de Surtos e Eventos Adversos em Serviços de Saúde (RENISS) com o objetivo de reunir e capacitar profissionais para apoiar a Anvisa, estados e municípios na investigação de surtos causados por infecções em serviços de saúde.
Entre os anos de 1998 e 2009, o país vivenciou um grande número de eventos infecciosos envolvendo as Micobactérias de Crescimento Rápido (MCR), relacionadas aos cuidados com a saúde (hospitalares e não hospitalares).
Foram reportados à ANVISA, entre o período de 1º de janeiro de 2003 a 28 de fevereiro de 2009, 2.128 casos de infecções ocorridos em hospitais públicos e privados, clínicas de cirurgia plástica, oftalmológicas, de acupuntura e de estética.
O agente etiológico mais prevalente, na maioria das cidades brasileiras, foram as espécies do Complexo Mycobacterium abscessus/massiliense/bolletti, exceto nas infecções secundárias a mamoplastias onde a maior prevalência foi de M. fortuitum.
Diversas outras espécies têm sido identificadas: M. abscessus, M. chelonae, M. smegmatis e M. wolinsky (Anvisa, 2014).
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Fonte: Anvisa
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