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Brasil retorna à lista de países com mais crianças não vacinadas, apontam Unicef e OMS

  • Foto do escritor: Ameci
    Ameci
  • 16 de jul.
  • 3 min de leitura

O Brasil, que havia demonstrado avanços em 2023, regrediu e voltou a figurar entre os 20 países com o maior número de crianças sem imunização completa, ocupando agora a 17ª posição.


vacinação infantil

Dados divulgados nesta segunda-feira (14) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam um cenário preocupante, com o número de crianças não vacinadas no país saltando de 103 mil em 2023 para 229 mil em 2024.


Cenário Preocupante Global e Local


A nível mundial, 14,3 milhões de crianças estão vulneráveis a doenças que poderiam ser prevenidas por vacinas, e outros 5,7 milhões contam com proteção apenas parcial. Em 2024, nenhuma das 17 vacinas monitoradas globalmente alcançou a meta de 90% ou mais de cobertura. O levantamento utilizou a primeira dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP1) como um indicador crucial, por ser um marcador do acesso aos serviços de imunização de rotina e identificar as crianças "dose zero" — aquelas que nunca receberam nenhuma vacina.

Ranking dos 20 países com mais crianças não imunizadas

Dados da OMS e do Unicef, referentes à cobertura vacinal em 2024

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Fonte: OMS | Unicef


Progresso Global Lento e Desafios Persistentes


Apesar do aumento de 171 mil crianças que receberam pelo menos uma dose de vacina e um milhão que completaram as três doses da DTP em 2024 em comparação com 2023, o progresso ainda é insuficiente. Cerca de 89% das crianças no mundo (115 milhões) receberam ao menos uma dose da DTP, e 85% (109 milhões) completaram as três doses.

No entanto, quase 20 milhões de crianças perderam pelo menos uma dose da vacina DTP em 2024, incluindo os 14,3 milhões de crianças "dose zero". Esse número é 4 milhões superior à meta estabelecida pela Agenda de Imunização 2030 para manter o controle e 1,4 milhão a mais do que em 2019, ano de referência.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, enfatizou a importância vital das vacinas: "As vacinas salvam vidas, permitindo que indivíduos, famílias, comunidades, economias e nações prosperem. É encorajador ver um aumento contínuo no número de crianças vacinadas, embora ainda tenhamos muito trabalho a fazer. Cortes drásticos na ajuda, juntamente com a desinformação sobre a segurança das vacinas, ameaçam desfazer décadas de progresso". A OMS alerta que até mesmo pequenas quedas na cobertura vacinal podem aumentar drasticamente o risco de surtos de doenças e sobrecarregar sistemas de saúde já fragilizados.


Destaques Positivos em Vacinas Específicas


Vacina contra HPV: A cobertura global da primeira dose da vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV) em adolescentes elegíveis subiu para 31% em 2024, um aumento significativo em relação aos 17% de 2019. A cobertura completa da vacina em meninas também cresceu de 21% para 28%, protegendo aproximadamente 18 milhões de meninas. Contudo, 46,6 milhões de meninas permanecem parcialmente ou não vacinadas contra o HPV. A vacina está disponível em 144 países para meninas e em 75 para meninos.

Vacina contra Sarampo: A cobertura da primeira dose da vacina contra sarampo (MCV1) aumentou de 83% para 84%, embora ainda não tenha atingido os níveis pré-pandemia de 86% (2019). A cobertura da segunda dose também cresceu de 74% para 76%. A OMS emitiu um alerta epidemiológico devido ao aumento de casos de sarampo em diversas partes do mundo este ano.

As informações são do G1.

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